QUEM ESTÁ FRUSTRADO?

 


Por Christine Kerr


Dentro de uma crise multifacetada e do distanciamento social percebo que, no mínimo, há muita frustração. Minha mente se viu às voltas com a conhecida ansiedade do “Como será o amanhã”?

Fico observando como estamos por aqui no núcleo mais próximo e como estão aqueles que entro em contato. Percebo que no mínimo há frustração. Alguns estão frustrados pela formatura que não vai acontecer, pelo ENEM sem data marcada, pela viagem que não saiu, o casamento que foi adiado, o documento que não foi emitido, a conclusão de um processo que não aconteceu. Para outros a frustração intensificou-se pela perda do trabalho, da bolsa, pela redução do salário e a mente se viu às voltas com a conhecida ansiedade do “Como será o amanhã”? Outros ainda viram a decepção chegar com o fechamento do negócio, a perda do capital investido, o sonho que acabou. E o que dizer das tantas pessoas que adicionaram o luto de um ente querido a todos esses fatores.

E aí? O que fazer quando esses sentimentos ficam grandes demais e se não nos paralisam, quase nos fazem desistir? Como lutar com a mente acelerada e manter-se caminhando?

É preciso dar nome aos nossos sentimentos, nomear as frustrações. Escrever cada uma delas e encará-las de frente. Sem enfeite, sem fantasia. O que não reconhecemos não conseguimos enfrentar. O que você perdeu nessa pandemia? O que você quer recuperar? Quais suas prioridades agora? E depois? O que você quer fazer de novo? O que quer deixar para trás?

Quando bater forte a vontade de desistir, comece enumerando os sentimentos e decidindo por onde você irá começar! Pequenos passos, mas passos na direção certa. Se você quiser ajuda, marque uma hora e vamos conversar.

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