4 MOTIVOS PARA FAZER AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

 


Por Christine Kerr

Quando perguntamos às empresas ou profissionais se é importante mesmo fazer avaliação de desempenho, recebemos a clássica resposta: “sim, claro que é importante termos um processo de avaliação” e aí entram muitas frases de impacto. Porém continuando a conversa para saber como é feito o processo, é bem comum aparecerem um monte de desculpas, casos e motivos para a avaliação não acontecer na prática. Você que é gestor, já parou para pensar no assunto? No que bloqueia um processo continuo e transparente de avaliação?

 É interessante perceber que em muitos casos, uma equipe trabalha com indicadores de qualidade e performance para tomada de decisões, mas sobre o desempenho das pessoas que formam essa equipe, os indicadores vão ficando de lado.

Na maioria das vezes, as ferramentas de avaliação não são aplicadas adequadamente por que as pessoas envolvidas não perceberem que há algum ganho nisso. Então vamos ver alguns motivos para aplicar uma avaliação de desempenho:

1. Pessoas não são números

Trabalhar com pessoas não é fácil. Cada vez mais o trabalho em equipe está na mira do pessoal do RH. A questão é que esse trabalho, quando dá resultado, demostra engajamento das pessoas, ligação com os projetos e uma motivação individual. Então não basta olhar para os resultados numéricos e fazer algum download de um programa de atualização para colocar todo mundo na mesma página. Somos uma geração aficionada pela rapidez da tecnologia, mas esquecemos que nossos processos mentais e emocionais não funcionam assim. Levamos tempo, precisamos de segurança, temos um limite para lidar com o stress e por aí vai.

 2. Identificar necessidades

Somado a isso precisamos entender de quê os projetos, empresas, grupos e pessoas envolvidas precisam naquele momento. Nem preciso entrar no tema que grupos que tem um propósito maior do que pagar as contas no final do mês, tem performance melhor. Isso dá assunto para uma outra conversa.

3. Trabalhar “as” pessoas, não apenas “com” elas

Ao liderar uma equipe fica muito claro que precisamos trabalhar as pessoas, encontrar aquelas que estejam alinhadas com os valores e propósitos do projeto em questão, desenvolvê-las, envolve-las, fazê-las sentir parte. Achar as pessoas certas já não é fácil, então faz sentido tentar diminuir ao máximo a rotatividade dentro do grupo, pelo menos na maior parte das situações.

4. Feedback é alimento positivo

Um último ponto: independente da cultura e contexto, nós seres humanos gostamos que prestem atenção em nós. As maneiras como transmitimos e recebemos isso podem ser diferentes, mas essa mensagem nos faz bem. A avaliação de desempenho deve ir por essa linha: “Estou prestando atenção ao que você faz pois isso é importante, estou disposto a falar onde você está acertando, onde precisamos melhorar e podemos juntos definir maneiras para você continuar se desenvolvendo.”

 Parece simples e deveria ser, mas não facilitamos o processo. Temos nossos medos, nossos óculos para enxergar a realidade e vamos enchendo o processo de pedras e dificuldades. O que era para ser simples e positivo, torna-se ferramenta de poder, de desconforto e muitas vezes de ruptura.

Encontrar uma boa ferramenta ajuda muito, mas não é suficiente. Preparar alguém que disponha de habilidades para treinar com os gestores a aplicação e trabalhar não só o dar, mas o receber feedback, exige atitude e intenção planejada.

Sou uma entusiasta no quesito desenvolvimento de pessoas por já ter testemunhado projetos que pareciam estar fadados ao fracasso e que alcançaram resultados extraordinários. O fator da virada? Pessoas com os talentos certos, alocadas nas posições certas com grande envolvimento e focadas nos resultados comuns. Esse processo só acontece quando há avaliação constante e clara, com o objetivo de desenvolvimento e crescimento comum.

E você? Como quer participar disso?


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