Com um aninho, na AACD, veio a notícia da primeira cirurgia para poder usar prótese. Tão pequenino, já enfrentou grande dor e trauma. Daniel se recuperou e com 3 anos começou a usar uma prótese. Nos primeiros meses foi muito difícil, mas ele venceu e começou a andar, entre tantas lágrimas, uma grande vitória.
Os anos se passaram, Daniel fequentou a escola, aprendeu a tocar bateria, e pretendia fazer engenharia. Aos 16 anos assistiu Clodoaldo Silva ganhar medalhas para o Brasil nas Paraolimpíadas de 2004, foi então que se interessou por esportes. Tentou outras modalidades, mas encontrou seu caminho na natação. Em oito aulas aprendeu a nadar os quatro estilos. Um ano depois, Daniel já conquistava sua primeira medalha: um bronze em uma competição nacional. Ali decidiu seguir como atleta profissional. No ano seguinte, no Mundial de Durban, na África do Sul, ele conquistou cinco medalhas, sendo três ouros e duas pratas. Daí para frente, não parou mais.
Daniel Dias é hoje o maior atleta paralímpico masculino do mundo em número de medalhas – 24 no total em 3 Paralimpíadas – Pequim, Londres e Rio. Por sua performance consistentemente avassaladora, recebeu 3 vezes o prêmio Laureus (Oscar do esporte) se consagrando como um mito do esporte paralímpico mundial. Para além das piscinas, ele segue com suas principais conquistas: seus três filhos e seu Instituto, que leva seu nome. Nome este que será eterno. E sua humildade é o que mais me cativa.
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